E por falar em "Santa"...
Ontem pela manhã, vindo para o trabalho, ouvia o comentário do Sr. Arnaldo Jabor no Jornal da CBN a respeito da imagem de uma santa que aparecera em uma janela de uma casa na grande São Paulo. Ele discorria a respeito da necessidade que as pessoas têm, principalmente nos momentos de crise, de um milagre. E, como não podia deixar de ser, esquecendo-se da "santa" concentrou seu comentário sobre os Evangélicos dizendo que cresce o número destes porque os pobres, os marginalizados, os abandonados pela sociedade sentem uma necessidade intrínseca ao ser humano de participar de uma coletividade e que, nos cultos evangélicos, as pessoas têm esta oportunidade de fazer parte de algo, de um grupo social, de se sentir igual ao outro enfim.
Me chamou a atenção a forma como ele colocou a situação querendo estabelecer um link entre ser Evangélico e ser pobre, mal informado, ignorante, excluído, etc. e tal. Lembrei-me das muitas Igrejas que possuem em seus quadros de membros pessoas influentes na sociedade, políticos, artistas, socialites e pessoas bem sucedidas em sua participação na comunidade como empreendedores, empresários, médicos etc. E, se eu pudesse ter interagido com ele e tivesse falado o que aqui escrevo, provavelmente ele me diria: "É verdade, e a grande maioria destas pessoas está em busca de votos, fama, dinheiro, pois o nicho Evangélico é grande." Eu concordaria com ele em parte pois, como em todas as áreas da sociedade também na Igreja os interesseiros se infiltram, mas ao mesmo tempo podemos ver muitas pessoas de todas as camadas da sociedade se descobrindo como filhos de Deus e experimentando uma verdadeira conversão. Pessoas que deram um passo de fé e se renderam ao amor de Deus. Pessoas que, muito bem aceitas na sociedade, se sentiam excluídas da humanidade. Pessoas que sentiam a falta de algo que não conseguiam nem explicar, mas que acharam as respostas à todas as suas perguntas quando se lançaram nos braços do Pai. É curioso como, independente da sua origem, o homem anseia pela mesma paz, mesmo amor, mesmo carinho, mesmo respeito que só Deus tem por nós. É claro que, como intelectual, cabeça pensante que está acima da visão simplista dos seres normais, o Sr. Arnaldo Jabor em momento algum poderia imaginar que o mais rico dos homens padece da mesma pobreza que o mais pobre dos homens: não tem a presença do maior dos tesouros em seu coração, Jesus.
Parece que o Sr Arnaldo Jabor ainda não percebeu que as coisas mudaram e continuam mudando. Ele ainda não percebeu que não se pode desvalorizar os mais pobres e insinuar, mesmo dizendo que não, que a religião é o ópio do povo. O discurso simplista não tem mais lugar e se faz necessário sim perceber e aceitar que algo está mudando, que um povo está se levantando e já não aceita mais ser ridicularizado nem marginalizado. É Sr. Arnaldo Jabor, o povo Evangélico está aí incomodando os céticos e intelectualóides.
Quanto a imagem na janela? Bom, nem o Sr. Arnaldo Jabor a citou mais em seu comentário. Falar sobre os Evangélicos dá mais audiência.
agosto 01, 2002
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